Estava pensando sobre o assunto que deveria tratar aqui no blog (tempos de pouca inspiração para posts) e resolvi falar a respeito de algo que via nas minhas antigas mesas de d&d e que continuo testemunhando nas sessões de alguns conhecidos meus, a procura pela personilização desenfreada dos personagens dos jogadores, algo que de fato sempre me incomodou.Devo dizer que a nova edição do d&d abarcou diversas raças estranhas e de certa forma saciou a sede de boa parte dos jogadores em relação a esta procura por uma personalização,contudo será que mesmo tendo raças extremamente alienigenas temos de fato personagens diferentes nas nossas mesas de jogo?Ou os pdjs são apenas réplicas de personagens famosos? Ou pior são criações razas feitas apenas para dar um nome a uma ficha considerada poderosa?
Estas perguntas nos levam a mais dois questionamentos importantes o primeiro seria o que de fato é o RPG? E a segunda pergunta seria o que é personalização? Apenas uma ficha poderosa?Pois bem com tais indagações em minha mente digo que boa parte dos jogadores tendem a serem contaminados com o efeito video game, ou seja, personagens com estátisticas altas,poderosos em aspectos combativos, mas pobres e fracos em questões interpretativas, o que os leva dessa maneira a confusão de que personagem com personalidade é personagem poderoso, quando na verdade não se trata bem disso.
Acho que personagem diferente não necessariamente precisa ser de uma raça exótica, ou de uma classe rara, mas sim precisa de profundidade, somos impares graças a nossos contextos e nossas histórias, vivemos em uma mesma realidade, mas a observamos através de nosso próprio universo, as percepções humanas divergem de pessoa para pessoa, assim acredito que este seja o verdadeiro ingrediente da personalização.
O que ocorre em grande parte das mesas que observei foi uma desvalorização da profundidade dos personagens e consequentemente do significado do R na sigla RPG, em muito casos o jogo resumi-se a combates e caça de tesouros,uma história linear sem reviravoltas sem aproveitamento dos históricos dos pdms e pdjs, resumindo um jogo pobre, o que acaba causando a ideia de que personalização significa combos extremos e poderes inimagináveis.
Este tipo de jogo me frustra completamente e acredito que a boa parte dos mestres e jogadores também, graças a tendência que naturalmente eles têm da criação de uma disputa de poderes. Mas voltando ao assunto do post, quando existe o compromisso com a parte interpretativa se pode pensar verdadeiramente no sinificado de personagens diferentes, para mim este termo traz a ideia de senso de realidade( claro esta realidade obedece a lógica do jogo e do cenário proposto), ou seja, toda uma história um contexto uma lente que difere o personagem dos outros individuos do mundo.Diferenças como aquelas que nos diferem e ao mesmo tempo nos unem.
Ser diferente aliás foge do esteriotipo do ser forte e ter grandes poderes em boa parte das situações, ser diferente, ou melhor unico, as vezes pode significas ser fraco também, ou em outras ocasiões ser uma pessoa normal que desafiou os dogmas do destino e chegou a lugares onde ninguém antes dela havia chegado. Neste sentido a ideia de personalidade toma uma perspectiva muito ampla fazendo com que mesmo um gupo formados apenas por humanos ter individuos completamente diferentes entre si, até mesmo em relação a aparência de cada um, a cultura é um grande modo de diferenciação e personalização que abre leques para interpretações incriveis. Personalidade vai mais além do que grandes quantidades de bônus ela tem como essência o conceito de identidade, singulariade enfim de particular. Estas foram minhas paalvras senhores comentem discutam e me falem o que acham sobre o assunto obrigado e até breve, continuem a jogar rpg !
Boa matéria bardo ... a proposito eu sou o Saban do historia1479 =D ... diversificar os personagens não significa fazer personagens de classes difeerentes, a ladinos e ladinos, guerreiros e guerreiros, magos e magos ... depende muito das caracte´risticas que voce dá a ele ... por isso gosto sempre de fazer humano, porque acho mais facil de eu conseguir atribuir caracteristicas ao personagem, mas também uma forma de eu ver ele por varios angulos ... sua matéria está de parabéns, só traz mais idéias para o enriquecimento do personagem!! Abraços!!
ResponderExcluirvaleu saban pelo comentário !
ResponderExcluirGostei do post, Bardo, pensei em ver a coisa por outro ângulo.
ResponderExcluirComo eu vejo,a ficha do personagem é uma formalização de termos para facilitar o aspecto técnico. Não faz a menor diferença em termos de interpretação se o sujeito tem todas as habilidades do Tony Stark, ou se é um Rufus da vida. Naturalmente, eu pensei nisso como resposta ao juízo de valor contra fichas combadas no seu post.
Me parece óbvio que a maioria das pessoar vai desejar jogar com um personagem que considere satisfatório. Isso não apenas não limita os jogadores, já que os aspectos que satisfazem tecnicamente cada jogador são subjetivos, como realmente não influencia a interpretação.
Tanto o cara combado pode não dar a mínima para os sentimentos do seu personagem como pode ter teorizado longamente sobre as influências da infância dele na crônica atual.
Interpretação como você parece desejar depende tão somente do que o jogador considera um bom jogo, posto que me parece óbvio que ninguém vai sabotar a própria crônica, etc.
concordo Ray com tudo que você disse mas acredito que para um jogador que tenha um personagem combado de uma atenção a interpretação e ao backgroud ele deve ser maduro, algo que não acontecia em boa parte das mesas que tive a experiencia de jogar e observar, ressalto que não foi minha intenção generalizar completamente apenas ressaltar este carater gamer de certos jogadores. E Ray cara eu já vi jogador sabotar própria crônica sim e sério apesar do grupo não ter gostado ao que parece este jogador gostou no mais obrigado pela postagem e apareça sempre que puder!
ResponderExcluirUm bom tema, um ótimo tópico. Poderia ser mais aprofundado, mas já me dá o que pensar.
ResponderExcluirValeu Bardo.
quer jogar com a gente álvaro?? rsrsrs Q Q houve com sua mesa que não joga maisss??rsrsrs
ResponderExcluirEu joguei este feriado mas só teve um jogador espero que as coisas melhorem hehehe e se vcs jogassem em Recife até que eu iria !
ResponderExcluirComum jogadores cairem nesse aspecto "comber" de nosso jogo. Nosso grupo ultimamente estava realmente envolvido nesse esquema "combar e matar", e eu acho que perde toda a essência do jogo e, para mim, a diversão. ótimas criticas e sugestões.
ResponderExcluirParabéns pelo blog.
obrigado pelos comentários galera!
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirEu gostaria que no meu grupo tivéssemos uma campanha com personagens da mesma classe. Exemplo: todos guerreiros de uma cidade, ou todos clérigos que servem a uma igreja, ou todos ladinos de uma guilda. Tenho certeza que não cairíamos no clichê de "o clérigo cura", "o ladino desarma armadilhas" e "o guerreiro bate". Teríamos personagens únicos que teriam que se diferenciar pela qualidade da sua história, obrigando os jogadores a se esforçarem em detalhar suas características psicológicas, sua cultura, suas motivações e medos.
Parabéns pelo blog!
Visitem o nosso:
http://cronicaslendarias.blogspot.com/