Bem, o primeiro ponto é o mais fácil e está presente em qualquer início de crônica, estou falando do plot da campanha, dos primeiros rabiscos que nortearão todo o conjunto de aventura, como todos sabem este deve ser grandioso apresentando uma característica de incerteza, passando assim aquela sensação que o sucesso é improvável ou até impossível.
No entanto, será que apresentar uma grande história, ou melhor uma grande necessidade é construir uma campanha realmente épica? Será que traçar esses primeiros esboços completam o elemento épico que queremos adicionar em nossas aventuras? A minha humilde resposta é não.
um épico é muito mais do que um conjunto de aventuras interligadas que apresentam como tema um desafio improvável de ser vencido, existe na concepção da história épica um elemento que adiciona a profundidade necessária para esse tipo de história, tal elemento podemos nomear nesse pequeno post de o elemento espiritual.
Mas, o que seria então o espírito épico? A grosso modo seria o elemento propiciador de complexidade e profundidade a uma história, no caso do RPG seria as evoluções que os personagens dos jogadores teriam no decorrer das aventuras, ou seja, a mudança nas comovisões, nas atitudes e o amadurecimento no desenvolvimento da história.
Nesse sentido, uma história épica seria a união desses dois aspectos, onde se veria o desenvolvimento tanto físico quanto interior, subjetivo. Quando a nossa crônica se destitui de um desses elementos perde-se o rumo e os trilhos que nos levariam até uma verdadeira campanha épica, pois se deixarmos de lado as mudanças interiores teremos uma história rasa de ação, mas se esquecermos da ação teremos apenas um drama psicológico sem o brilhantismo das cenas de ação.
Dessa maneira, o que eu quero dizer para finalizar é simples, um épico é composto por equilíbrio de forças, ele tem doses fortes de ação e de drama e esses dois elementos puxam um ao outro formando assim as tessituras da história, girando a roda que a torna mais dinâmica e real na lógica fantástica que propomos a criar.
Como dica deixo a algumas grandes obras do cinema e também da literatura( logo depois do texto) espero que tenham gostado e espero os comentários e sugestões!
- A Odisséia
- A Divina Comédia
- O Ultimo Samurai
- O Senhor dos Anéis
- Star Wars
- A Origem
- 300

PUTZ! Muito bom o texto! Parabéns! Seria ótimo se a maioria dos novos mestres (e infelizmente, alguns antigos também) tivessem essa mesma visão. Mas acho que todos os mestres deveriam conhecer textos como o seu, para refletir mais sobre a arte de "contar história" ou seja, jogar RPG.
ResponderExcluirAcho que muitos deturparam a idéia do RPG em si, criando "deformidades imaginárias", como os jogadores, que por preguiça de imagina e interpretar (roleplay) preferem SEMPRE jogos hack n' slash, Dungeon, ou qualquer outro termo... Não sou contra, e as vezes até jogo.. mas a profundidade a que se propõe o texto a apresentar é não só mais interessante, mas incrivelmente prazerosa..
Parabéns pelo blog... vou favoritar :)
Abraços
P.S.: Obrigado pelo comento no RPG do Mestre (rpgdm.erickpatrick)
Fábio obrigado pela visita e pelas palavras! Sempre que quiser apareça !
ResponderExcluirEu joguei 2 campanhas épicas, uma em que eu criei o personagem nível épico já e outra que eu comecei ele desde o inicio, até o épico. Não preciso nem dizer aonde eu me emocionei mais né? A profundidade que eu adquire no personagem, sessão após sessão, nível após nível, foi vital para a campanha épica ser tão épica, acho que tens a completa razão!
ResponderExcluirParabéns pelo post.