terça-feira, 17 de janeiro de 2012

RPG de Supers: Misturar Conceitos é Sempre Bom

Olá pessoas! Hoje estamos aqui para conversarmos sobre uma das coisas que acho mais interessante nos jogos de super heróis, trata-se da possibilidade da mistura de conceitos e claro de poderes.
Acredito que RPGs de temática heroica, como é o caso por exemplo de Mutantes & Mal-Feitores, são os jogos de interpretação mais versáteis que podemos ter, pois assim como nos quadrinhos, nós podemos misturar diversos temas e climas em um mesmo jogo, cenário e campanha.
Além dessa incrível possibilidade narrativa, jogar um jogo de supers pode ser uma boa forma de introduzir novatos para o hobbie, pois as HQs, os filmes baseados nelas, bem como as séries de desenho animado são um conjunto de referências extremamente acessíveis a qualquer um; é só pararmos para pensar, quem nunca ouviu falar de Super Homem, Homem Aranha ou Batman?
Entretanto, diante de todas essas facilidades devem haver alguns cuidados, para que não se ofusque o que há de mais legal em um jogo de RPG, que é a criação de um personagem e a interpretação deste como o protagonista da história contada. Neste sentido, narradores devem tomar cuidado para que sua ambientação, isto é, seu cenário, não se torne uma caricatura borrada da cidade de seu herói favorito; pois ( em minha opinião) não há nada pior do que se sentir apenas uma cópia genérica de um herói em uma cidade que também é cópia de outra.
Mas, se por ventura, o cenário for de fato uma cidade já famosa das HQs o melhor é fazer com que esta seja também o espaço dos personagens dos jogadores, que ela também seja o palco de suas aventuras, tornando-os também heróis do alto escalão e não apenas indivíduos mascarados, que também atuam na cidade do super herói X.
Outro ponto que narradores devem ter em mente é: geralmente RPGs são jogados em grupo e isso implica dizer, que não teremos apenas um herói, mas vários com diversas habilidades diferentes; alguns até sem super poderes. Para que haja um equilíbrio dos holofotes é necessário jogo de cintura, neste sentido, crie complicações que todos possam com suas habilidades ajudar, todos devem se sentir essenciais para a equipe. Como dica deixo um conselho, assistam e leiam os super grupos como Vingadores e a Liga da Justiça.
Para os jogadores eu falo a partir de agora. Senhores e senhoras, evitem as cópias e as  coisas óbvias, se inspirem, contudo não copiem demais, já existem um Batman e um Super Homem, agora é preciso que exista outros, que possam ser conhecidos não como clones, mas como indivíduos originais; no entanto, eu friso isso é só a minha opinião humilde :P
Copiar para mim não é uma coisa muito legal, contudo misturar já é outra coisa; e uma coisa muito boa por sinal. Misturar personalidades de heróis, seus poderes e até uniformes pode ser uma fuga da cópia descarada e também uma forma de quase jogar com o seu personagem favorito, sem que de fato seja ele. Tal atitude também é interessante para jogadores novatos, pois facilita e muito o trabalho de criação e a familiaridade deste com o universo do RPG.
Para finalizar, eu acho que trazer para as aventuras do grupo, grandes sagas vividas pelos heróis das revistas também pode ser bem interessante, pois poupa trabalho; contudo, estas dever ser adaptadas e não copiadas, sendo assim, o melhor a fazer é embaralhar conceitos, misturar tramas e aventuras, resumindo bater tudo no liquidificador; pois, como eu disse no início, é um jogo de supers e quase tudo ( ou tudo) é possível, só se necessita mesmo uma grande mistura de conceitos.

Por hoje é só até mais e não esqueçam de comentar! 

4 comentários:

  1. Valia a pena falar sobre o contrato social entre jogadores e mestres e como ele costuma ser importante em jogos assim. Já tive vários problemas em mesas de Supers por causa disso. Como um jogador que espera que as aventuras sejam algo como Liga da Justiça, enquanto o do lado quer ser o Justiceiro.
    Ou a dissociação entre habilidades dos personagens e expectativas do gênero. Não é porque certa habilidade te permite fazer um certo ato, que você deve fazê-lo sem pensar se isso foge ou não do gênero pretendido.

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  2. Falou e disse Kimble! O contrato social é sempre importante, seja qual for a temática do jogo, a conversa entre os integrantes do grupo é a pré-requisito para que os problemas sejam diminuídos.
    É através desse instrumento que coisas como a que você citou são evitadas, no final das contas a compreensão,perspicácia e bom senso são os itens fundamentais para uma boa mesa de RPG.

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  3. Para quem curte o gênero, este ano publiquei e lancei um RPG de Supers (Excelsior!). É um sistema bem simples, no estilo old school, e que vem tendo bom retorno dos jogadores.

    No site vc pode baixar o jogo gratuitamente:
    http://ziprpg.tripod.com/rpg/rpg.htm

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  4. Opa sempre bom ficar sabendo de novos jogos!

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