Empoderar pode significar dar autonomia, habilitar, desenvolver capacidades, promover-se e promover influência. Levando isso em consideração, é possível dizer que o RPG é uma atividade social empoderadora, pois, enquanto jogo, promove o desenvolvimento de capacidades e permite o experienciamento de novas aprendizagens e garante o engajamento dos indivíduos tanto no fortalecimento de seus relacionamentos, quanto em competências educacionais que a relação ensino-aprendizagem possui.
A imagem acima é uma nuvem de palavras que representa categorias sintetizadas de diversos comentários de jogadores e jogadoras, nos indica importantes elementos do potencial empoderador do nosso hobby. Como se percebe, em uma rápida análise, o jogo promove atributos que transcendem a realidade lúdica do jogo e a imersão narrativa emergida das interações promovidas em uma sessão.
Para muitos, inclusive para mim que escrevo, o jogo significou o aumento da resiliência, isto é, da saúde mental e do bem-estar subjetivo, da autoconfiança e da possibilidade de construir laços com outras pessoas, o que, conforme os estudiosos, é fundamental para construção de recursos de apoio social em seus mais variados âmbitos. É válido ressaltar ainda que o senso de propósito, o aprendizado que o jogo agrega e a diversão pela diversão são outros elementos que contribuem de forma substancial para a felicidade que o jogo permite seus adeptos sentirem. Diante de uma sociedade marcada por mazelas como a depressão, características como essa constituem um arsenal terapêutico complementar.
O RPG também contribui para dimensão social dos indivíduos de formas diversas. Ao falar em expressividade, sintetizamos aqui uma série de comentários que enfatizavam o quanto o jogo contribuiu para a formação de uma didática mais esclarecida, uma oratória mais robusta e um tato social importante para ambientes profissionais onde o lidar com pessoas é fundamental. Ainda nesta dimensão, pode-se enfatizar que o RPG contribui para o agregamento de um capital social importantíssimo. Muitos dos relatos apontaram como o RPG foi importante para aumento do interesse em leitura, na busca por conhecimentos formais e também pela língua inglesa.
Embora com menor frequência, alguns ressaltaram a importância do RPG na conscientização política – lembrando que política, conforme a tradição aristotélica retomada por Hannah Arendt é convivência – isto é, um recurso para o aprendizado da tolerância, compreensão de repertórios culturais diferentes dos nossos e de estruturas de poder que estão latentes nas narrativas dos jogos e são pedras angulares das nossas sociedades. Por fim, mesmo que contribuinte de uma série de pontos positivos, deve-se destacar que ainda há muito o que se avançar, pois, o jogo também pode – e frequentemente é – palco para comportamentos abusivos, o que torna a discussão de limites, dentro e fora da narrativa, algo fundamental, portanto, a criação de um contrato social informal é mais que aconselhável, tal como falo aqui.
Enfim, se você sente que o RPG lhe ajudou ou ajuda em algo que não foi contemplado nessa reflexão, escreva sua experiência nos comentários e conte como o nosso hobby tem ajudado você a se desenvolver mais em seus variados atributos.
Até o próximo post não esqueçam de me seguir em:

Como estudante da área de jogos posso afirmar com clareza e tranquilidade que os jogos ajudam em muito o desenvolvimento humano e com o RPG não é diferente. É ótimo encontrar literatura sobre o tema e ampliar o entendimento dos benefícios trazidos pelos jogos. =D
ResponderExcluir